Em busca da batida perfeita

Seu Madruga: “Conhece a batida rancheira?”.

Chaves: “Com limão e vodka?”.

Pois é, após um título clichê e uma piada chavinística, vou escrever sobre minha saga musical. Não sou um grande conhecedor, e até hoje acredito que minha memória peca muito com relação a nomes de bandas, integrantes, músicas, etc. Mas vou descrever os fatos bem “por cima”.

“Tudo começo há um tempo atrás na ilha do sol”. Meus pais, que nasceram no nordeste, tinham costume de ouvir sertanejo, forró e lambada (espero não estar esquecendo de algum), então eu cresci escutando Zezé de Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo, Luís Caldas, Beto Barbosa, Amado Batista (Ah... o Amado!) e muitos outros que vinham naquelas fitinhas cassetes. Isso sem contar aquelas “especiais” que juntavam vários hits, como uma fita que deve estar por aqui em algum lugar chamada “Tropicana”, e de novelas antigas.

Porém do que valem essas músicas “calientes” sem dança? É por isso que no quintal da minha casa ou de qualquer outro parente (e tem muito viu!) sempre rolava aquele “arrasta pé” danado, de horas no breu da noite, iluminados apenas por uma pequena lâmpada pendurada na parede. O único problema é que nessas festanças, os adultos se divertiam bastante, mas aquela criançada toda ficava sem fazer nada. Nosso objetivo nessas reuniões era atrapalhar essa felicidade dos adultos... hehehehehe... sim, éramos maus!

Bom, passado esse período tive uma pequena passagem pelo pagode. Isso já começou a ser influência de amigos, mas se escutava é porque eu devia gostar. Época de Negritude Jr., Katinguelê, Só Pra Contrariar,... não sei ao certo, mas acho que arrisquei meus primeiros passos de samba nesse período.

Logo depois veio uma passagem ainda mais curta pelo Pop. Lembro que era auge das Spice Girls eu acho, contudo não lembro de outro grupo da época. Nesse tempo, isso eu falo com muito orgulho, eu conheci o som e os passos de, nada mais nada menos, Michael Jackson. Perdão aos que não gostam, e não estou analisando ou julgando o que ele faz fora dos palcos, mas o kra é foda!

Foi aí que entrei no bom e velho Rock. Comecei gostando muito de Green Day, comprei os cds Dookie e Insominiac (não lembro se escreve assim), sem contar o primeiro cd deles, que não lembro o nome, que meu irmão mais velho tinha. Os três cds são muito bons, a única tristeza é que quando viajei pra terrinha (Poço Verde, Sergipe... deu saudade) eu esqueci o Insominiac lá... e nunca mais voltou. Que descanse em paz.

Bad Religion, Nirvana, Guns n’ Roses, Legião Urbana, Raimundos, Foo Fighters, Pearl Jam, Stratovarius, Sonata Arctica, RPM, Roupa Nova, Linkin Park, Evanescence, Oasis, Nx Zero, I’ll Nino, Attaque 77, Metallica, Los Hermanos, etc. Existem muitos outros que eu esqueci ou fiquei com muita preguiça de escrever. Enfim, muitos devem estar me xingando, ou que eu sigo “modinha”, ou que eu não sei apreciar um bom rock,... a grande verdade é que o rock sempre esteve lá, bem misturado mesmo, pois dependia do momento. Se eu gosto de vários sons, não vou me prender a um só estilo.

Não pretendo parar de conhecer sons novos. Se for quente eu to dentro. Atualmente, eu toco violão com os queridos, desde Balão Mágico e Chaves até Los Hermanos (pra ser sincero eu tento tocar, conseguir já são outros 500). Aos sábados eu ensaio com a bateria da faculdade (chegamos perto de uma bateria de escola de samba, mas não tocamos apenas samba... tem até som de vídeo game no meio). E no meu mp3 tenho algumas pastas: Maná, Gipsy Kings, Monobloco, Bom Jovi, Sambas Enredo, Rock, Outros.

O último show que assisti foi do Teatro Mágico (que eu gosto muito mesmo, aquela magia é sapeca) e queria conseguir as músicas de um musical que eu fui assistir em uma escola, chamado Jesus Cristo Superstar, mas não vou achar aquelas versões... o pessoal cantava bem.

Tudo isso pra não ter certeza de nada. Com relação a música, essa nunca foi a minha intenção. Amanhã eu troco novamente... ou não. Mas por enquanto, estou escutando a banda de um amigo meu, chamada Projeto Murphy. Alright!!

Até outrota.

Poesia de Hoje... na verdade eu vou ficar devendo, mas já que falamos de música, pensei em colocar uma que estou escutando muito e que, pra mim, não deixa de ser uma poesia:

O Vento

Posso ouvir o vento passar
Assistir a onda bater
Mas o estrago que faz
A vida é curta pra ver 

Eu pensei que quando eu morrer
Vou acordar para o tempo
E para o tempo parar 

Um século, um mês
Três vidas e mais
Um passo pra trás?
Por que será?
...
Vou pensar 

Como pode alguém sonhar
O que é impossível saber
Não te dizer o que eu penso
Já é pensar em dizer
Isso eu vi, o vento leva! 

Não sei mas sinto que é como sonhar
Que o esforço pra lembrar
É vontade de esquecer
E isso por que?
(diz mais) 

Úhhh
Se a gente já não sabe mais
Rir um do outro meu bem
Então o que resta é chorar
E talvez
se tem que durar
Vem renascido o amor
bento de lágrimas. 

 Um século, três
Se as vidas atrás
São parte de nós
E como será? 

O vento vai dizer lento que virá
E se chover demais
A gente vai saber,
Claro de um trovão,
Se alguém depois sorrir em paz
(Só de encontrar...)

Marcelo Camelo - Los Hermanos