Antes tarde do que nunca. Hoje, falaremos sobre o filme Invictus.
Basicamente, a primeira cena já resume o filme. De um lado, crianças negras jogam futebol, do outro, um grupo de atletas brancos treinam rugby. Entre eles, passa um carro com Nelson Mandela, libertado após 26 anos de prisão.
4 aninhos depois, em 1994, ele assume a presidência da África do Sul, com o grande desafio de encarar o fim do Apartheid. A esperança da maioria negra contra o receio da minoria branca. Coincidentemente, o país estava prestes a sediar a Copa do Mundo de Rugby, taça que nunca levantou e não apresentava uma seleção muito empolgada, apesar de automaticamente classificada.
A sacada de Mandela foi sapeca e simples: usar o rugby para unir uma nação, separada por anos. Pode parecer clichê, mas mesmo sabendo do final, ainda mais por ser uma história real, você torce até o final pela seleção sul-africana.
Com ótima atuação de Morgan Freeman (Mandela) e Matt Damon (Francois Pienaar, capitão da seleção sul-africana), o filme ganha em emoção, destacada pela superação de cada personagem. Ambos concorrem ao Oscar, no próximo domingo, de melhor ator e melhor ator coadjuvante, respectivamente.
O diretor Clint Eastwood conseguiu passar à telinha aquilo que foi mais que um campeonato, foi um verdadeiro marco histórico. Os ângulos, principalmente na hora dos jogos, ajudou a transmitir com êxito o sacrifício de cada partida.
Da história em si, destaca-se o poema que fez Mandela não desistir, enquanto estava preso, e que inspirou todo o time de rugby. Escrito em 1875 pelo poeta inglês, William Ernest Henley , o poema também originou o nome do filme.
"Fora da noite que me cobreNegra como uma cova de ponta a ponta,Agradeço a qualquer deus que sejaPor minha alma inconquistável.Nas garras da circunstânciaEu não recuei nem lamentei.Sob os golpes do acasoMinha cabeça está sangrando, mas erguida.Além deste lugar de cólera e lágrimas
Agiganta-se, porém, o horror da sombra.
E ainda a ameaça dos anosEncontra e me encontrará, sem temor.
Não importa o quão estreito seja o portão.Como acusado de castigos o pergaminhoEu sou o mestre do meu destino:Eu sou o capitão da minha alma”.
Às vezes, mais que um guia, precisamos de um líder que inspire e nos faça acreditar no mesmo objetivo.
Bonito né? É filme de se ter em casa.
Fiquem com o trailer.
Inté.
Fontes: Omelete, NoveForaZero e UOL Cinema.
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