quarta-feira, 3 de março de 2010

Todos pelo rugby

Antes tarde do que nunca. Hoje, falaremos sobre o filme Invictus.

Basicamente, a primeira cena já resume o filme. De um lado, crianças negras jogam futebol, do outro, um grupo de atletas brancos treinam rugby. Entre eles, passa um carro com Nelson Mandela, libertado após 26 anos de prisão.

4 aninhos depois, em 1994, ele assume a presidência da África do Sul, com o grande desafio de encarar o fim do Apartheid. A esperança da maioria negra contra o receio da minoria branca. Coincidentemente, o país estava prestes a sediar a Copa do Mundo de Rugby, taça que nunca levantou e não apresentava uma seleção muito empolgada, apesar de automaticamente classificada.

A sacada de Mandela foi sapeca e simples: usar o rugby para unir uma nação, separada por anos. Pode parecer clichê, mas mesmo sabendo do final, ainda mais por ser uma história real, você torce até o final pela seleção sul-africana.

Com ótima atuação de Morgan Freeman (Mandela) e Matt Damon (Francois Pienaar, capitão da seleção sul-africana), o filme ganha em emoção, destacada pela superação de cada personagem. Ambos concorrem ao Oscar, no próximo domingo, de melhor ator e melhor ator coadjuvante, respectivamente.

O diretor Clint Eastwood conseguiu passar à telinha aquilo que foi mais que um campeonato, foi um verdadeiro marco histórico. Os ângulos, principalmente na hora dos jogos, ajudou a transmitir com êxito o sacrifício de cada partida.

Da história em si, destaca-se o poema que fez Mandela não desistir, enquanto estava preso, e que inspirou todo o time de rugby. Escrito em 1875 pelo poeta inglês, William Ernest Henley , o poema também originou o nome do filme.
"Fora da noite que me cobre
Negra como uma cova de ponta a ponta,
Agradeço a qualquer deus que seja
Por minha alma inconquistável.
Nas garras da circunstância
Eu não recuei nem lamentei.
Sob os golpes do acaso
Minha cabeça está sangrando, mas erguida.
Além deste lugar de cólera e lágrimas

Agiganta-se, porém, o horror da sombra.

E ainda a ameaça dos anos
Encontra e me encontrará, sem temor.

Não importa o quão estreito seja o portão.
Como acusado de castigos o pergaminho
Eu sou o mestre do meu destino:
Eu sou o capitão da minha alma”.

Às vezes, mais que um guia, precisamos de um líder que inspire e nos faça acreditar no mesmo objetivo.

Bonito né? É filme de se ter em casa.

Fiquem com o trailer.



Inté.

Fontes: Omelete, NoveForaZero e UOL Cinema.

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