Sonho é dosce, mas engorda...

Às vezes eu me impressiono com o poder da minha imaginação... bem, na verdade, não me impressiono mais não. Acho que já me acostumei.

Quando eu era guri, a primeira coisa q eu queria ser era jogador de futebol (devo ter nascido no país errado né?!). Para tanto, jogava bola direto e cheguei a treinar em várias escolinhas por aí, mas não consegui brilhar muito não (até hj acho q o verdadeiro futebol está dentro de mim, vou pedir ao Sr. Miyagi pra ajudar “ele” a sair, como o mestre fez com Daniel San e seu karatê). Em compensação, eu sonhava com os meus golaços, aqueles dribles sensacionais e, o mais importante, a narração do Silvio Luís dizendo “pimba na gorduchinha”, “vai botar na casa do pagode” ou “lá vai o Funny, olho no lance... éééééééééééééé... ta lá dentro... balanço o capim no fundo do gol do...”.

Depois veio minha vontade de ser estrela do Rock. Comprei meu violão e comecei a aprender sozinho (tá.. os amigos ajudaram). Já imaginava os meus shows e as gurias gritando meu nome... meu amigo, vc tinha q me ver solando a guitarra e cantando naquele tom na minha imaginação. Realmente eu era muito bom. Todavia, ficou lá. Toco um pouco sim, mas nada q se diga “supimpa, como ele toca!!”, mas... agora cantar, fico devendo... ou não.

Ah.. também houve a época q eu era justiceiro ou membro dessas forças tarefas (tipo FBI); solucionava os problemas, fazia aquelas investigações e participava de tiroteios e perseguições. Não levava nada comigo, além da minha arminha d’água e umas granadas de lego.

Não tão infantil, sonhei em ser jogador de handball (até então vcs achavam q ninguém sonharia com isso né?!... pois é...). Eu cheguei a treinar um bom tempo, sendo q td começou por acaso, mas não vou contar a história não. Enfim, até fui bonzinho nisso, jogava pela escola, mas fui chamado pra jogar em um clube de sampa (nada muito conhecido também), mas problemas com transporte e horários me impediram de levar isso adiante.

Salvar vidas (tipo médico ou simplesmente salvar alguém na rua), ser ator, comediante, diretor de filmes, apresentador de algum programa legal, DJ, palhaço, professor, etc. Como muitos de vcs, ou não, já sonhei em ser muitas coisas diferentes (profissionalmente falando) e, mesmo q um pouquinho só, tentei ser tudo isso. Posso ter sido um ator em algum filme caseiro (trabalho de escola e facul tem uns bons, diga-se de passagem) ou mesmo um comediante com os queridos num dia comum. Não sou, mas tenho td isso dentro de mim. Com isso, eu brinco de criar. Já q minha imaginação se acha boa, deixe ela trabalhar.

O q eu tento é não deixar apenas na imaginação, pois sonhos existem para serem realizados. Sejam eles momentâneos ou pra vida inteira. Alguns não dependem apenas de vc, nesse caso, se vc não conseguir resolver sozinho, dá um jeito!! Vc tem imaginação pra q?? Crie alternativas. Eu sei q certas coisas q vc, sozinho, não poderá resolver... se esse sonho não consegue ser imaginado por uma ou várias pessoas, e depende de outros, deixe na lembrança. O q não falta é com o q sonhar... agora não se prenda ao irreal, faça acontecer ou faça desaparecer, pq se vc não fizer nada... a dor não será física. E isso num é muito legal não viu?!

Abraço meus queridos!!

Poesia de hj:

Olhes por ti, Destino.

Me perdi em mim.
Tantos pensamentos,
Visões, delírios, premonições,
lembranças.
E o passado sonha? Não.
Mas fica e se apega.
Às vezes ele sente
ou faz sentir.

Aquilo que foi irreal,
pode se perder como mera brincadeira infantil,
mas também pode se prender
e fingir que tem vida.
Já o real não se faz de personagem,
apenas é.
Primeiro é preciso ser, para depois viver.

Nas entrelinhas,
queremos um final de novela.
O sonho se realiza para os mocinhos,
fracassa para os vilões.
Termina pela mão do destino
ou pela caneta do roteirista.

Me perdi entre verdades e mentiras,
entre sonhos e desilusões,
entre o real e o irreal.
E quando a imaginação brincou comigo,
mente e coração se confundiram.
O sonho se fez personagem,
o real ficou mágico
e meu corpo, lúcido, flutuou.
Mas meu olhar de criança não brilhou mais.
O jogo terminou,
aquele tempo parou
e o sonho acabou.
Se perdeu de mim.

Vou por a culpa no destino.
E ao seu acaso.
Afinal, a música não toca mais.
Porém, Sr. Destino, venho lhe pedir.
Se sou apenas um fantoche na sua orquestra,
um instrumento da imaginação.
Caso a minha melodia já esteja no papél,
deixe que eu escreva a letra.

Funny Monchito